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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Poema desconhecido!!!

Este poema eu li em um pedaço de papel quando eu era criança.Por fim o papel se perdeu e com ele o poema.Porem a primeira frase ,"Tú és o quelso do pental ganírio",nunca saiu da minha cabeça.Hoje, graças a internet consegui recuperá-lo.Não tentem traduzir.As palavras não tem significado.Abaixo segue o comentário de um internauta.

Tú és o quelso do pental ganírio
Saltando as rimpas do fermin calério
Carpindo as taipas do furor salírio
Nos rúbios calos do pijon sudério



És o bartólio do bocal empírio
Que ruge e passa no festim sitério
Em ticoteios do pártano estírio
Rompendo as gambas do horomogenério



Teus lindos olhos que têm barcalantes
São cameçúrias que carquejam lantes
Nas cavas chusmas de nível oblôneo



São carmentórios de um carcê metálio
Nas duas pélias por que pulsa obálio
Em vertimbráceas do pental perôneo


É de autor desconhecido. Mas o desconhecido é um gênio do sarcasmo: ridiculariza os sonetos fazendo um poema que não quer dizer nada mas apresenta a mais perfeita construção de um soneto. Reparem que a "música" do poema reproduz fielmente a dos sonetos - se declamado com o tipicamente parnasiano fervor dos sonetistas, a gente tem a ilusão de que aí há conteúdo.

Mais ou menos como os sermões dos evangélicos...

Um comentário:

jorge disse...

Meu pai recitava parte desse soneto quando eu era criança. Também memorizei a primeira frase "quelso do pental..". Aos 22 anos descobri um livro do Pe. Zezinho, contendo jogos para grupos de jovens, onde o soneto aparecia e o desafio era descobrir o autor e o significado das palavras. Descobri, anos mais tarde, que o autor era maranhense e de nome Luis. O significado, já se vão 20 anos que não achei resposta.
Jorge Dias.